Projeto Abramar

Projeto Abramar

NAUFRÁGIOS DE GALEÕES



Galeão Santíssimo Sacramento
Guia para o Mergulhador



  “O Naufrágio do Galeão Sacramento”

O banco de areia a quatro metros de profundidade situado na entrada Norte da Baía de Todos os Santos era conhecido pelos pilotos das embarcações que se destinavam à capital da Bahia. O naufrágio do navio de guerra Português, Galão Sacramento,  teve grande impacto na sociedade brasileira do século XVII,  saiu do Tejo como capitânia da escolta de uma frota de 50 embarcações mercantes da Companhia Geral do Comércio do Brasil e que trazia o Vice Rei e general Francisco Corrêa da Silva, para ser empossado no governo da Bahia, conduzindo também estanho e cobre para o estaleiro do Salvador. O galeão Sacramento foi naufragar, por imperícia dos pilotos, num trágico acidente no entardecer do dia 5 de maio de 1668, tendo chegado próximo a Salvador, e na presença de fortes ventos vindos do Sul, não pode entrar na Bahia pela rota normal e acabou se chocando com o banco de Santo Antônio, permanecendo ainda por algumas horas à deriva, por fim, naufragando às 23:00 horas causando a morte de 800 pessoas. Apenas 70 pessoas se salvaram. As peças estão expostas no Museu do Forte de Santo Antonio da Barra (Forte Farol da Barra ) e outras peças expostas em museus do Rio de Janeiro.

                                          GALEÃO SACRAMENTO 1650



Foi uma grande tragédia, lamentada pelos cronistas dos tempos coloniais. Era um navio de guerra português, construído em 1650, na cidade do Porto, para enfrentar as grandes viagens oceânicas e projetar, além-mar, o poder militar de Portugal.
peças encontradas naufrágios na BTS
O mundo vivia um período de conflitos, de maneira que as embarcações mercantes navegavam agrupadas em comboios, sob a escolta de navios de guerra. O Sacramento era, justamente, a nau capitânia da frota de uns 50 navios que, no regresso do Brasil, levaria a produção da colônia para a Europa. Trezentos anos depois, no início da década de 1970, o exato local do naufrágio
Astrolábio
do Sacramento, em frente ao rio Vermelho, na Bahia, foi encontrado por mergulhadores. O sítio arqueológico era um amontoado de pedras de lastro e objetos, inclusive canhões de ferro e bronze. Na mesma década, a Marinha e o Ministério da Educação e Cultura ofereceram os meios para recuperar parte do material submerso, que estava sendo saqueado. O trabalho se desenvolveu de 1976 a 1987 e parte do que foi recuperado integra a exposição permanente de Arqueologia Subaquática do Espaço Cultural da Marinha, no Rio de Janeiro e do Museu Náutico da Bahia.



Nota da ABRAMAR: 
Este sitio arqueológico atualmente esta sem nenhuma manutenção, inclusive sem demarcação, ainda pode-se ver no fundo do mar canhões e peças como ânforas e outros objetos que estavam  a bordo no momento do naufrágio. 
As peças que foram retiradas, salvo aquelas que foram parar nas mãos de colecionadores e as que estão no Museu do Mar no Forte de Santo Antonio da Barra, encontra-se no Rio de Janeiro. 


Navio Utrecht
Guia para o Mergulhador





Imagem da Internete
Os invariáveis ataques de piratas e corsários estrangeiros explodiam em audácia e ocorriam no interior da Baía de Todos os Santos. A ousadia dos invasores desafiava a presença dos galeões portugueses, equipados com canhões que serviam de escolta para naus de transporte de passageiros e mercadorias.
Em 26 de Março de 1648 a poderosa esquadra Holandesa sob o comando do Almirante Witte Corneliszoon de With, invadiu a Baia de Todos os Santos com 9 barcos fortemente armados, atacando a esquadra de Luiz da Silva Teles que trazia do reino de Portugal o novo governador geral do Brasil D. Antonio Teles de Meneses.

Os galeões Utrech e o Ruys v. Nassau decidem atacar e abordar o galeão Nossa Senhora do Rosário, ao ser abordado pelo navio holandês, o capitão português cumpre as ordens do Rei de Portugal para casos de assalto, ateia fogo ao paiol de pólvora da embarcação, mandando não só a Nossa Senhora do Rosário pelos ares, como também os galeões holandeses, salvando-se apenas o Ruys Nassau.


Nestes navios estava uma carga preciosa de estanho, joias, moedas e pratarias, além de canhões, instrumentos de navegação e objetos pessoais dos passageiros e tripulantes. O que resta dos Galeões está no Museu da Marinha no Rio de Janeiros e em mãos de colecionadores particulares.



Embarcação: Galeão Português de 28 canhões de bronze
Tonelagem: 300 ton.
Tripulação: 600 homens
Construído: Holanda
Proprietário: Coroa Holandesa


Localização
Localiza-se a 10 milhas náuticas do Porto da Barra (em Salvador) e está a uma profundidade de 22 metros.



Descoberto pelo mergulhador Valter Andrade, naufrágio de navios de guerra holandês do século XVII. Ainda encontram-se canhões, âncoras e parte de sua estrutura. Localiza-se a 10 milhas náuticas do Porto da Barra e está a uma profundidade de 22 metros. A visibilidade é boa e as correntes são bem fracas.


Nota - ABRAMAR:

Sitio arqueológico sem manutenção e demarcação, as suas peças, como tantas outras, estão em mãos de colecionadores e no Museu da Marinha no Rio de Janeiro.


O Centro de Pesquisas do Mar (CPMAR), através da Associação Brasileira de Pesquisas marítimas (ABRAMAR) tem a proposta de manter estas peças no local onde foram encontradas, gerando, através de visitações aos museus da Bahia e através de mergulhos nos locais do naufrágio devidamente demarcado e preservado, dividendos aos seus descobridores e o maior conhecimento por parte dos brasileiros e em especial os baianos dos fatos históricos desta época.



Navio Santo André
Guia para o Mergulhador




Em 1737 o navio Santo André, carregado com mercadorias pertencentes a sua Majestade El Rei de Portugal, incendiou e foi a pique na praia da boa viagem.

Um marinheiro embriagou-se e deu início a um incêndio, que rapidamente consumiu o Santo André e ameaçava incendiar outras
embarcações. Suas amarras foram soltas e, finalmente, após partir-se em dois, naufraga levando a bordo um precioso carregamento de porcelanas da
Companhia das Índias Ocidentais.Uma valiosa coleção de porcelana cuidadosamente enroladas em palha de arroz foi para o fundo do mar, além de canhões, estatuetas, utensílios pessoais e búzios, chamados de “zimbo”, que serviam para compra de escravos.

Fonte: http://www2.uol.com.br/historiaviva

Características:

Embarcação: Galeão Português de 28 canhões de bronze
Tonelagem: 300 ton.
Tripulação: 600 homens
Construído: Portugal

Proprietário: Companhia das Índias Ocidentais


Nota da ABRAMAR: 

Os destroços deste sitio arqueológico encontrasse em frente ao Forte de Monte Serrat, a cerca de 5 metros de profundidade, sem nenhuma manutenção, proteção e demarcação, como propõe a Abramar, preservando assim a história, valorizando assim o turismo submarino e trazendo renda para os seus descobridores.






nau Santa Clara  
Guia para o Mergulhador - século-XVI






                  


Nau Santa Clara Foi o mais rico naufrágio em costas brasileiras. Trazia da Índias pedras preciosas e ouro com outras duas caravelas que a acompanhavam e afundaram no Cabo da Boa Esperança.
Parou na baia de Todos os Santos para aguada, carena e desembarque dos doentes e seguia viagem para Portugal quando afundou no mesmo dia da partida em uma tempestade, próximo a' Praia do Forte.
Foi explorada por mais de 200 anos, e ate hoje acham-se objetos de valor naquele sitio.
O primeiro a explora-la foi Garcia D'Avila com índios que mergulhavam atados em pedras.
Dizem ser dai a origem do maior latifúndio da historia mundial, a da família Garcia D'Avila, com extensão de terras do Maranhão ao Espírito Santo.
Construiu seu Castelo próximo do local do naufrágio, hoje Praia do Forte, como sede de sua fabulosa fazenda, e adquiriu o Solar do Unhão de Pedro Unhão de Castelo Branco, como residência da família em Salvador, capital da colônia, ambos existentes ate hoje.  

(http://antiguidadesnauticas.blogspot.com.br/)

Frei Vicente do Salvador "História do Brasil" (1500-1627) Capitulo XXI

...Também neste tempo deu a nau Santa Clara, indo pela India, a costa do rio Arembepe, à meia noite, dando por cima de uma lagea, a um tiro de falção do recife e se perderam mais de trezentos vidas, que nela iam com o capitão Luiz de Andrade. Dista o rio donde a nau se perdeu cinco ou seis léguas desta cidade...e assim acudio logo muita gente, e se tirou do fundo do mar muito dinheiro de mergulho, de que se pagaram por si ew os búzios e nadadores e muitos que nadaram. A isto acudiu o Bispo com excomunhão da bula da Ceia contra os que tomam os bens dos nau fragos. Não sei se aproveitou alguma coisa; só sei que ouvir dizer a um dali a muitos anos, que aquele fora o tempo dourado, pera esta Bahia pelo muito dinheiro que nela corria e muitos índios que desceram do sertão, e bem dizia dourado, e não de ouro, porque para e outras de requeriam (sic). Grifos do autor.

"Nesta Obra, cita um rio Arembepe (seria o rio Jacuípe, cuja foz situa-se duas léguas acima?) e não o povoado indígena Arembepe, e o saque dos naufrágios e do que restou da nau" (Naufrágios e Afundamentos, na costa brasileira e Afundamentos, na costa brasileira, pag. 36)

"Santa Clara(I), Comandante Luis de Álter
Data: 7...21/julho/1573
Localização: praia de Arembepe, Ba
Descrição: Portugal. Carreira das Índias. A frota de cinco naus era comandada por D. Francisco de Souza. Encalhou  e se perdeu na praia. Saqueada logo após o naufrágio
Nota: Carga de ouro e prata e outros bens para negociar por especiarias na Índias e pagamento de proventos das guarnições. Muitas joias e ouro foram recuperados dos saqueadores. As pedras foram visitadas por mergulhadores, provavelmente gregos, no principio da década de 30 do século passado."
Fonte: (Naufrágios e Afundamentos, na costa brasileira e Afundamentos, na costa brasileira, pag. 89)

Opinião da Abramar,

A proposta de Centro de Pesquisas Marítimas(CPMAR) é poder trazer a tona a memória submarina do litoral da Bahia e do Brasil, poder responder as perguntas feitas pelo escritor e apaixonado pela historia da navegação e, o qual, retrata muito bem no seu livro "Naufrágios e Afundamentos, na costa brasileira" o Professor José de Araújo Góes.

Além desta historia, poderemos contar muitas outras que representaram a historia da nossa cidade, para isso, precisamos do apoio de todos, pessoa física e Jurídica, pois, nosso projeto pode ser realizado por leis de incentivo a cultura, onde todos podem contribuir para que esta historia venha a tona.

Se deseja contribuir e participar destas descobertas, mande um e-mail para cesarfreitas57@gmail.com ou ligue para (71) 99165-3657